TURISMARKETING: Embarque neste novo conceito de serviço de comunicação

turismarketing

O setor de Turismo e Hospitalidade, apesar dos efeitos da pandemia, vem retomando gradualmente suas atividades. Na esteira deste recomeço, apesar das restrições, o volume de viagens e de hospedagens ensaia uma melhora, permitindo novos horizontes a muitas empresas do setor.

Isso significa, entre outros fatores-chave, também, criar modelos de negócios e alternativas que atendam a um novo cenário de consumo, cada vez mais plural e inclusivo – podendo também garantir um futuro mais sustentável para o setor.

E por falar em consumo, nunca o marketing viu um momento tão desafiador quanto o atual. E não, não pelo coronavírus ou pela retumbante migração de atenção para o digital durante a pandemia. Isso, assim como o vírus, vai passar (principalmente no que se refere à relação varejo x e-commerce).

Com inovações incríveis todas as semanas, seja nos processos de criação de produtos, na comunicação social ou na cultura data-driven abarcada, o marketing é hoje tão (ou mais) fundamental quanto era antes, mas muito, muito diferente de outrora – a troca do intangível para o “quase” totalmente mensurável colocou agências de publicidade e CMOs na linha da planilha de excel do financeiro da maioria das grandes empresas (e aumentar vendas fazendo leads virarem conversões, enquanto trabalham o brand awareness, virou o “novo normal).

O Turismarketing, ou mistura de ações de turismo e marketing (onde você não sabe onde uma disciplina acaba e a outra começa), parece ser o grande frescor que pode ser integrado às campanhas das marcas e antecipa um mundo com menos importância para as mídias sociais e maior às experiências, como já se evidencia no documentário da Netflix “O Dilema das Redes”, o livro “Minimalismo Digital”, de Cal Newport, e, mais “antigamentezinho” (2001), com Jeremy Rifkins e seu impagável “A Era do Acesso” – se você não leu, corre atrás. No Kindle: https://amzn.to/3iQTqKe

Veja o que Rifkins escreveu na página 117, do livro lançado pela Makron Books: O futurólogo James Ogilvey observa que “o crescimento da indústria da experiência representa uma saciação com a matéria que a Revolução Industrial produziu.” Ogilvey diz que “os consumidores de hoje não se perguntam com frequência: O que eu quero ter que não tenho?”, em vez disso, perguntam: “O que eu quero vivenciar que ainda não vivenciei?”

Posso te dizer que entre o pensamento aí acima e o nosso momento atual, o que deu uma pequena atrapalhada nessa ideia foram as mídias sociais. Mas nada dura para sempre, como falado anteriormente. As comunidades dentro do Facebook mostram isso, as lives no Youtube também – experiência/vivência indo para dentro do online.

E fora da internet, tem como as mídias sociais impulsionarem o Turismarketing? Sim, pense que o Turismarketing é a junção de uma marca com uma experiência turística e você vai ter várias selfies, stories e canais de referral marketing para propagar essa história.

Desde pontos instagramáveis até parques temáticos de marcas, o Turismarketing começa a se destacar como uma nova corrente científica do marketing, de mídia e de comunicação dentro de mercados capitalistas maduros (Maduro e capitalismo… hehehe, não precisava, mas não aguentei). 

Exemplos? Temos aos montes. Vamos a três: 1 no mundo, 1 no Brasil e 1 na minha aldeia, o Rio Grande do Sul.

Qual pessoa nunca quis ir conhecer o Ferrari World Abu Dhabi, verdade? Pois, muito além de ser um parque temático, é, sim, um lugar onde o conceito da marca está vivo em cada atração. Obviamente, você comenta com todo mundo e, mais que diversão, você está aumentando o share-of-mind da marca. 

No Brasil, em BH, temos o bar da alemã Hofbräuhaus, onde além de você ter a boa experiência da gastronomia germânica e das deliciosas cervejas, você conta com um ambiente ótimo para fazer fotos e vídeos – com a marca da cerveja onipresente 🙂

No RS, mais que um lugar, é melhor falar do já status quo que as chocolaterias de Gramado e Canela vem adotando há anos: transformando suas lojas de varejo em verdadeiras atrações turísticas, com direito, em alguns casos, à visitação paga; além de decoração temática (tri instagramável), em mais de um caso foi criado um parque relacionado ao chocolate. É incrível, mas Gramado e Canela tem muito esse espírito de Turismarketing, mesmo sem saber.

Ou seja, hoje já não basta atrair com ofertas mirabolantes e grande aporte midiático, é preciso gerar identificação através de acesso a novas experiências.

Para simplificar este processo e gerar maior assertividade, em breve, empresas do setor poderão se beneficiar dos avanços do Turismarketing na sua cadeia de negócios. Quem não ficar para trás, acabará por embarcar numa jornada repleta de boas conexões e experiências positivas.

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Bon voyage!

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